Em Rafael Jambeiro, município baiano de pouco mais de 19 mil habitantes, um impasse na eleição para a presidência da Câmara Municipal tem prejudicado o funcionamento da Casa Legislativa. Dois vereadores se consideram presidentes, o que resultou em bloqueios no repasse de recursos e atrasos no pagamento de servidores e vereadores. O conflito começou após a eleição de uma nova presidência, com a primeira candidata tendo sua chapa indeferida, e a segunda eleição gerando disputas sobre a validade dos votos.
Enquanto o processo judicial para definir quem deve assumir o cargo não chega a uma decisão, ambos os vereadores têm realizado sessões solenes separadas, criando ainda mais divisão e dificuldades operacionais. Além disso, a falta de consenso tem afetado a administração municipal, bloqueando repasses essenciais para projetos e impactando os funcionários da Câmara, que estão sem receber salários. A prefeitura também encontra dificuldades em liberar valores que estão sendo depositados em juízo.
O Ministério Público acompanha o caso, com um inquérito civil em andamento e uma ação judicial em processo. O advogado eleitoral consultado argumenta que nenhum dos dois lados pode ser considerado legítimo, já que ambos cometeram falhas no cumprimento do regimento interno. Para resolver a situação, seria necessária a realização de uma nova eleição, conforme o regimento da Câmara.