A disputa presidencial no Equador segue apertada à medida que os votos vão sendo apurados. Com 92% dos votos contados, o atual presidente Daniel Noboa permanece à frente com 44,31% dos votos, seguido de perto pela esquerdista Luisa González, que obteve 43,83%. A eleição, marcada por um clima de violência causado pelo tráfico de drogas e por uma grave crise econômica, terá seu segundo turno em 13 de abril, quando se repetirá a disputa entre ambos. A violência no país e a instabilidade social têm sido temas centrais na corrida eleitoral.
González e Noboa se enfrentam novamente após já terem disputado o segundo turno nas eleições antecipadas de 2023. O país está imerso em uma crise fiscal, com a população enfrentando altos índices de pobreza e um Estado endividado. A violência, exacerbada pelo narcotráfico, também tem impactado gravemente o dia a dia da população, que sofre com altos índices de homicídios e uma crescente insegurança. Embora o governo de Noboa tenha registrado uma leve redução na taxa de homicídios, a situação ainda é considerada alarmante.
Nas províncias costeiras e amazônicas, o correísmo, movimento alinhado à ex-presidência socialista de Rafael Correa, obteve boa votação com a candidatura de González, enquanto Noboa conquistou a região andina, as províncias amazônicas e as Ilhas Galápagos. A eleição é um reflexo da polarização política no país, com um eleitorado dividido entre as promessas de um governo de linha mais dura contra o crime e os ideais de uma política progressista voltada para a justiça social e direitos humanos.