A sessão de abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Martins foi abruptamente encerrada após uma acalorada discussão entre o prefeito da cidade e o presidente da Casa. O debate teve início quando o prefeito questionou o vereador sobre a existência de blocos carnavalescos na cidade, em referência a um pedido feito pelo parlamentar para que o município financiasse a compra de bebidas alcoólicas para os festejos de carnaval. O vereador reagiu dizendo que não estava na Câmara para ser interrogado, e o embate escalou até que o prefeito pediu que ele “calasse a boca” e “engolisse o choro”.
Nas redes sociais, o prefeito alegou que a tensão foi causada por uma tentativa de constrangimento por parte do presidente da Câmara, que teria insistido em um projeto que não caberia ao orçamento municipal. Segundo ele, a responsabilidade da prefeitura não inclui a compra de bebidas alcoólicas para eventos privados. O parlamentar, por sua vez, argumentou que a ajuda de custo aos blocos sempre foi uma prática de gestões anteriores e repudiou a atitude do prefeito, chamando-a de desproporcional.
O episódio repercutiu entre os moradores e gerou debate sobre a responsabilidade do município no apoio ao carnaval local. Enquanto alguns defendem que a tradição justifica o incentivo, outros apontam que a destinação de recursos públicos para a compra de bebidas alcoólicas não deveria ser uma prioridade. A situação evidencia a necessidade de um debate mais amplo sobre o financiamento de eventos culturais e os limites do orçamento público para tais iniciativas.