O acordo de cessar-fogo mediado por potências internacionais entre Israel e Hamas, que visava encerrar meses de conflito sangrento, gerou reações mistas tanto no Oriente Médio quanto globalmente. Após semanas de negociações, com a administração dos Estados Unidos de Joe Biden e Donald Trump sendo essenciais para pressionar as partes, foi assinado um acordo com três etapas principais: a liberação de reféns, a libertação de prisioneiros palestinos e a reconstrução de Gaza. No entanto, especialistas alertam que, embora o acordo tenha sido visto como um avanço, ele favorece mais o Hamas do que Israel, sem alcançar o objetivo principal de Israel de retomar o controle de Gaza.
A pausa nas hostilidades, ao invés de representar um alívio duradouro, pode ter dado ao Hamas tempo para reorganizar suas forças e realizar novos recrutamentos, dificultando qualquer avanço estratégico para Israel. Além disso, o Hamas recusa-se a cumprir parte do acordo, alegando que Israel violou condições essenciais, como o bloqueio do fluxo de ajuda humanitária. Por sua vez, Israel nega essas acusações, e a pressão sobre o Hamas para que cumpra os termos do cessar-fogo continua, com mediadores internacionais temendo uma possível quebra do acordo, que poderia agravar ainda mais o conflito.
O cenário continua instável, com o premier israelense deixando claro que, caso os reféns não sejam libertados conforme o estipulado, o cessar-fogo será encerrado, resultando em uma intensificação das hostilidades. As tensões se amplificam com o envolvimento de aliados políticos e diplomáticos, e o mundo aguarda ansiosamente o desfecho, previsto para o dia 15 de fevereiro. A situação em Gaza se torna cada vez mais imprevisível, com as pressões internas e externas moldando os próximos passos no complicado cenário diplomático.