Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelou que, em janeiro de 2025, o número de famílias endividadas no Brasil caiu para 76,1%, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro do ano anterior e de 2 pontos em comparação com o mesmo período de 2024. Entre os motivos para a queda está a conscientização de consumidores como a professora Danieli Silveira, que conseguiu sair da situação de endividamento por meio de uma rigorosa disciplina financeira, focando em compras à vista e evitando parcelamentos. No entanto, a pesquisa também apontou que as famílias com menores rendas, principalmente aquelas que ganham até três salários mínimos, apresentaram aumento no nível de endividamento.
A pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) também trouxe dados preocupantes sobre a inadimplência, com 29,1% das famílias com dívidas em atraso em janeiro de 2025, embora esse número tenha caído ligeiramente em comparação com o mês anterior. Além disso, 12,7% das famílias enfrentam dificuldades para quitar suas dívidas, um número que também mostra redução em relação ao final de 2024. Em média, as dívidas comprometem 30% da renda das famílias, refletindo uma tendência de consumo mais conservador e menos disposto ao endividamento.
Apesar dessa leve melhora, a CNC alerta que o endividamento deve voltar a crescer ao longo de 2025, especialmente a partir de março, com a previsão de que 77,5% das famílias estarão endividadas e 29,8% inadimplentes até o final do ano. Isso indica que, embora a situação tenha mostrado algum alívio, as perspectivas para o futuro próximo ainda são desafiadoras, especialmente para as famílias de baixa renda, que continuam enfrentando dificuldades financeiras.