No dia 2 de fevereiro, milhares de fiéis celebram Iemanjá, a rainha do mar, em uma série de rituais e festas que reverenciam essa divindade de origem africana. Iemanjá, conhecida também como Yemanjá ou Yemoja, é adorada em diversas partes do mundo, como no Brasil, Caribe e Estados Unidos, sendo associada à maternidade, ao perdão e ao equilíbrio espiritual. Ela é considerada a mãe de todos os orixás, com sua mitologia variando conforme a região, mas sempre ligada à água e ao mar.
No Brasil, a data é marcada por celebrações populares, como as realizadas no Rio de Janeiro, onde a Associação Afoxé Filhos de Gandhi organiza uma das festividades mais tradicionais em homenagem à orixá. A procissão que percorre a zona portuária, com a entrega de oferendas ao mar, é um dos momentos mais simbólicos. Além disso, o culto a Iemanjá transcende as religiões de matriz africana, sendo comum que pessoas não praticantes também participem de rituais como pular sete ondas ou oferecer presentes à divindade.
O Dia de Iemanjá é também uma data de reflexão sobre as tradições e a preservação da cultura negra no Brasil. A importância da orixá é reconhecida por diversas comunidades, como no caso de famílias que mantêm a devoção a Iemanjá, passando-a de geração em geração. A celebração representa a continuidade dessas crenças e práticas, e, em especial, a relação simbólica com o mar e as águas, fundamentais na mitologia e espiritualidade de muitos povos.