A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alertou que a decisão do Ibama de reduzir a geração da usina hidrelétrica de Belo Monte pode resultar em custos extras para os consumidores de energia no Brasil, variando entre R$ 1,2 bilhão e R$ 2,4 bilhões. A medida visa preservar o curso natural do Rio Xingu, mas implica na necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes. Durante reunião, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, destacou a relevância de se avaliar as consequências econômicas dessa decisão.
O Ibama determinou que o nível da água no trecho de vazão da usina seja mantido reduzido até o dia 15 de março de 2025. Essa ação pode impactar diretamente a capacidade de geração de energia da usina, resultando numa diminuição estimada de 2.400 megawatts médios, o que agravaria a oferta de energia no país, especialmente durante um período de seca.
O controle do volume de água liberado para o Rio Xingu é realizado pelo Ibama por meio de um hidrograma, documento que regula a operação da usina. Esse novo ajuste ocorre em um contexto crítico de seca, o que tem gerado ainda mais preocupações sobre a capacidade de geração da usina, que já enfrenta desafios relacionados à escassez de recursos hídricos.