O aumento das operações militares de Israel na Cisjordânia, especialmente nas cidades de Tulkarem e Jenin, tem gerado deslocamentos em massa de famílias palestinas desde dezembro de 2024. A ONU estima que entre 2.450 e 3.000 famílias foram forçadas a deixar o campo de refugiados de Tulkarem, com muitos refugiados encontrando abrigo em áreas periféricas ou em outras cidades próximas. Em Jenin, cerca de 3.000 famílias também abandonaram suas casas devido a uma série de ações militares israelenses.
A intensificação das operações no território coincide com o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em Gaza, que entrou em vigor em 19 de janeiro de 2025. A destruição de prédios na Cisjordânia, incluindo pelo menos 20 em Tulkarem e Jenin, exacerbou ainda mais a situação, dificultando a busca por segurança entre os palestinos. Os campos de refugiados nessas áreas são conhecidos por abrigar combatentes palestinos, e as forças israelenses têm afirmado que suas ações visam combater atividades terroristas na região.
Até agora, mais de 70 palestinos foram mortos em confrontos com as forças israelenses na Cisjordânia, com um número expressivo de vítimas em Jenin. Por outro lado, as autoridades israelenses informam que mais de 50 militantes foram abatidos nas mesmas operações. Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, cerca de 900 palestinos perderam a vida nas mãos das forças israelenses ou por ações de colonos, enquanto 32 israelenses também foram mortos em ataques ou operações na Cisjordânia.