Um estudo da Nexus, divulgado em 11 de fevereiro de 2025, destaca a desigualdade de gênero nos cursos de STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) no Brasil, apesar de avanços na participação feminina. Em 2023, os homens representaram 74% dos ingressantes nesses cursos, enquanto as mulheres foram apenas 26%. Embora o número de mulheres em áreas de ciências exatas e biológicas tenha crescido 29% entre 2013 e 2023, a disparidade entre os gêneros ainda é evidente, com o aumento de 56% na matrícula masculina no mesmo período.
A pesquisa também aponta que, apesar de a presença masculina continuar predominante, as mulheres apresentam uma taxa de conclusão de cursos superior à dos homens. No entanto, fatores como a pandemia de covid-19 e as responsabilidades familiares afetaram mais as mulheres, resultando em uma queda significativa nas taxas de conclusão desde 2020. Essa tendência de impacto desigual nas estudantes femininas é um reflexo das dificuldades enfrentadas por elas para conciliar as demandas acadêmicas e pessoais.
Ainda assim, a pesquisa revela avanços importantes, como o crescimento de 368% na participação feminina em computação na última década e a maior presença de mulheres nas engenharias, com quase metade dos ingressantes em 2023 sendo do sexo feminino. No entanto, o estudo sugere que há barreiras persistentes para atrair mais mulheres para os cursos de STEM, e as políticas públicas precisam ser aprimoradas para promover maior inclusão e igualdade no setor acadêmico.