O Brasil terminou 2024 com a menor taxa média de desemprego da história, atingindo 6,6%. No último trimestre do ano, a taxa foi de 6,2%, ligeiramente superior ao índice de 6,1% do mês anterior. Contudo, esses números variam de forma significativa entre as regiões do país, com o Nordeste registrando uma taxa de 8,6%, mais que o dobro da verificada no Sul, que foi de 3,6%. As disparidades regionais evidenciam a desigualdade no acesso ao mercado de trabalho.
Além da divisão geográfica, as taxas de desemprego também apresentam desigualdades de gênero, raça e escolaridade. As mulheres enfrentam uma taxa de desemprego mais alta, com 7,6% no final de 2024, em comparação aos 5,1% dos homens. A população negra e parda também sofre mais com o desemprego, com taxas superiores a 7%, enquanto entre os brancos o índice foi de 4,9%. Essas desigualdades refletem o impacto diferenciado do mercado de trabalho no país, afetando principalmente grupos historicamente marginalizados.
No que diz respeito ao nível de escolaridade, o desemprego é mais elevado entre aqueles que não concluíram o Ensino Médio. Por outro lado, as pessoas com Ensino Superior completo apresentam índices de desemprego significativamente menores, próximos a 3% no final de 2024. Esses dados destacam as dificuldades enfrentadas por quem tem menor qualificação, ao mesmo tempo em que demonstram que a educação continua a ser um fator determinante no acesso a melhores oportunidades no mercado de trabalho.