Uma nova descoberta arqueológica nas ruínas de Pompeia trouxe à tona um friso raro, conhecido como megalografia, datado do século I a.C. A pintura, que retrata figuras em tamanho real, foi encontrada em uma área anteriormente usada como salão de banquetes, em uma região central da cidade. A cena ilustrada descreve a procissão de Dionísio, o deus grego do vinho, com figuras como sacerdotes, sacerdotisas, caçadores e músicos, realizando rituais associados ao culto. O afresco é considerado uma das descobertas mais significativas do sítio arqueológico.
O friso ilustra práticas de iniciação nos mistérios de Dionísio, que envolviam rituais secretos e substâncias intoxicantes. Uma das imagens destaca uma mulher prestes a ser iniciada no culto, enquanto outras cenas mostram caçadores e sacerdotisas, as bacantes, envolvidas em danças e celebrações. Apesar da proibição dos ritos de Bacanal pelo Senado Romano em 186 a.C., os cultos continuaram a ser praticados em regiões do sul da Itália, como revelado por esta descoberta. O espaço foi denominado Casa do Tiaso, em referência à procissão de Dionísio, e agora está aberto ao público, com limitações no número de visitantes.
A descoberta ocorre mais de 100 anos após a localização de um friso similar na Vila dos Mistérios, e se soma a outras importantes descobertas feitas na Região IX, como um luxuoso spa e afrescos exóticos. O parque arqueológico de Pompeia, que já atrai milhões de visitantes, continua a ser um testemunho único da vida no Mediterrâneo clássico, oferecendo uma visão aprofundada das práticas culturais e religiosas da Roma antiga. Em 2025, o parque limitará o número de visitantes diários a 20.000, para controlar o fluxo e preservar o sítio.