Eleito presidente da Câmara dos Deputados em 1º de fevereiro de 2025, Hugo Motta enfrentará desafios significativos em seu novo cargo. Entre as questões prioritárias, está o projeto de lei que propõe anistia para aqueles envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, com a expectativa de que ele encontre um meio-termo entre as demandas da direita, que apoia a medida, e a oposição, que se opõe veementemente. A proposta também prevê a restauração dos direitos políticos dos condenados, o que inclui figuras políticas relevantes, como o ex-presidente que atualmente é considerado inelegível.
Além disso, Motta terá de lidar com outras questões sensíveis, como o projeto de lei que busca restringir o aborto após 22 semanas de gestação e a regulamentação das plataformas digitais, que tem gerado debates sobre a liberdade de expressão. A Câmara também terá que discutir mudanças fiscais significativas, incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais, o que gerou críticas tanto de defensores quanto da oposição. Motta precisará negociar cuidadosamente esses temas, que envolvem interesses polarizados dentro do Congresso.
O novo presidente da Câmara ainda herdou questões pendentes de gestões anteriores, como o impasse sobre emendas parlamentares e a reforma da segurança pública, que busca ampliar a atuação do governo federal nas polícias estaduais. Além disso, categorias como os militares, servidores públicos e motoristas de aplicativo terão projetos de interesse discutidos durante o mandato de Motta, que terá que gerenciar um cenário de negociações complexas e alinhamentos políticos, mantendo a imagem de conciliador.