Uma pesquisa realizada pelo Itaú Empresas e o Instituto Locomotiva revelou diferenças nas abordagens das gerações X (nascidos entre 1965 e 1980) e Y (nascidos entre 1981 e 1996) frente aos desafios de liderar pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil. Embora ambos os grupos compartilhem otimismo e uma intenção de crescimento para 2025, a geração X se mostra mais autossuficiente na tomada de decisões, com 41% assumindo áreas inteiras de suas empresas, enquanto a geração Y prefere uma abordagem mais colaborativa. Além disso, a pesquisa apontou que os líderes de 30 a 40 anos são os mais esperançosos e empolgados com seus negócios, com 78% demonstrando otimismo.
Ambas as gerações enfrentam desafios comuns, como a gestão financeira, o equilíbrio entre tempo e inovação e a competitividade do mercado. No entanto, as dificuldades variam em termos de prioridades: os millennials relatam mais dificuldades em lidar com crises externas e concorrência, enquanto a geração X enfrenta maiores desafios na gestão de custos e despesas. De acordo com o estudo, a falta de especialização e de apoio externo limita o crescimento das PMEs, tornando essencial um apoio mais estratégico e a busca por soluções especializadas.
Por fim, a pesquisa também destaca o impacto da rotina de trabalho na saúde e na vida pessoal dos empreendedores. A geração X se mostra mais sobrecarregada e propensa a problemas de saúde devido ao trabalho, com 54% relatando impactos negativos, enquanto os millennials lidam com essas questões de maneira menos intensa. A conclusão aponta para a importância de se adaptar às novas demandas do mercado e buscar apoio estratégico para garantir o crescimento sustentável e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.