O ex-secretário de Cultura e atual deputado federal Mário Frias criticou a Lei da Ficha Limpa, afirmando que a legislação é uma “imbecilidades da esquerda” que restringe o poder popular. Frias questionou o papel da lei ao impedir candidaturas, citando o exemplo de Luiz Inácio Lula da Silva, que, apesar das condenações anuladas, participou das eleições de 2022. No entanto, a Lei da Ficha Limpa não foi elaborada por políticos de esquerda, mas por juristas, com amplo apoio popular, incluindo 1,6 milhão de assinaturas.
Frias também fez uma comparação entre os casos de Lula e de Jair Bolsonaro, destacando que a legislação poderia impossibilitar a candidatura do ex-presidente, especialmente diante de acusações de golpe de estado. Este argumento tem sido defendido também por aliados de Bolsonaro, que apontam a lei como uma ferramenta de perseguição política. Durante sua gestão, Bolsonaro apoiou a criação da lei, mas, em sua atual situação, busca alternativas para reduzir seu período de inelegibilidade.
A proposta de alterar a Lei da Ficha Limpa está sendo defendida por parlamentares aliados de Bolsonaro, que querem diminuir de oito para dois anos o período de inelegibilidade para que ele possa concorrer novamente à presidência em 2026. Além disso, há uma outra proposta tramitando que exige uma condenação na Justiça civil comum para que a inelegibilidade seja aplicada, o que também beneficiaria o ex-presidente. Essas mudanças estão sendo pressionadas no Congresso como parte de uma estratégia para viabilizar a candidatura de Bolsonaro no próximo pleito.