O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, questionou a interpretação de que os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023 constituíram uma tentativa de golpe de Estado. Para ele, o episódio foi causado por vândalos e baderneiros que, insatisfeitos com o resultado das eleições, tentaram expressar sua revolta, mas sem a liderança ou o apoio necessário para uma ruptura efetiva do regime democrático. Motta enfatizou que, sem um líder ou coordenação, o episódio não pode ser considerado um golpe.
O parlamentar também se posicionou sobre a possibilidade de discutir a anistia para os envolvidos nos atos de janeiro, afirmando que não há uma decisão tomada sobre o tema. Embora a base do Partido dos Trabalhadores (PT) tenha se oposto à pauta, considerando-a um retrocesso, Motta afirmou que o assunto está sendo analisado com cautela e que será tratado com diálogo constante. Ele também expressou preocupação com o desequilíbrio nas penas aplicadas a alguns condenados, sugerindo que algumas sentenças foram excessivas para atos de menor gravidade.
Apesar de sua postura crítica em relação aos eventos, Hugo Motta repudiou os ataques às sedes dos Três Poderes e manifestou publicamente sua condenação a qualquer ação que vise subverter a democracia. Em suas redes sociais, o deputado destacou a importância da justiça social e do respeito às instituições públicas, reiterando que não há espaço para a violência nas disputas políticas e sociais do país.