O deputado Afonso Motta (PDT-RS) confirmou o afastamento de seu secretário de gabinete, Lino Furtado, que está sendo investigado pela Polícia Federal. A operação visa apurar o recebimento de vantagens relacionadas à destinação de emendas parlamentares do Orçamento da União, em especial três emendas direcionadas ao Hospital Ana Nery, no Rio Grande do Sul. Motta declarou que os recursos das suas emendas seguem critérios legais e bem definidos e que, até o momento, não há qualquer envolvimento direto dele nas investigações.
O deputado expressou preocupação ao tomar conhecimento da operação, mas garantiu que as apurações não afetam diretamente seu trabalho. Segundo Motta, embora tenha sido especulada uma comissão de 6% para o assessor, a investigação não encontrou provas dessa acusação. Além disso, a única apreensão realizada foi um celular de Furtado, e o contrato em questão está entre o intermediário e o hospital, sem envolvimento do gabinete do deputado.
Em reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, o deputado comentou sobre o impacto que o caso pode ter em seu mandato. Ele destacou que, embora o caso envolva apenas três emendas de um total de milhares, a situação gera críticas que afetam a credibilidade e a confiança no processo legislativo. O caso também chamou atenção devido ao recente aumento de questionamentos sobre a transparência das emendas parlamentares, um tema que tem sido amplamente discutido pelo Supremo Tribunal Federal.