Na noite desta sexta-feira, 7 de fevereiro, um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a Belo Horizonte com 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos. O voo fez uma escala em Fortaleza, onde os deportados desembarcaram sem algemas, diferentemente do que ocorreu em outros voos anteriores. A escolha de Fortaleza como ponto de escala teve como objetivo reduzir o tempo em que os deportados ficariam algemados durante o voo, uma medida adotada pelo governo dos EUA. O grupo foi bem recebido no Brasil, com o governo oferecendo transporte, alimentação, kits de higiene e até capacitação profissional através do Sistema S.
Este voo foi o segundo enviado pelos EUA desde o início do mandato de Donald Trump, e ocorreu em meio a discussões sobre o tratamento de imigrantes deportados. Nos voos anteriores, os deportados foram mantidos algemados durante a viagem, causando críticas quanto às condições de transporte. No primeiro voo, no final de janeiro, a situação foi marcada por incidentes, como a abertura de uma porta de emergência pelos deportados, que se sentiram desconfortáveis devido ao calor e à permanência das algemas.
Embora o uso de algemas seja uma prática comum em voos de deportação pelos EUA, a prática foi modificada no segundo voo, após intervenções de autoridades brasileiras, como o ministro da Justiça, que exigiu o fim do uso de correntes durante o desembarque. As autoridades do Brasil também relataram que os deportados passaram até 12 horas sem alimentação, situação que gerou críticas, especialmente sobre as condições de viagem em voos internacionais de repatriação.