O Ministério da Saúde anunciou uma nova estratégia para a distribuição das vacinas contra a dengue, permitindo que imunizantes próximos da data de vencimento sejam aplicados em faixas etárias mais amplas ou remanejados para municípios ainda não contemplados. Essa medida visa garantir que todas as doses adquiridas sejam utilizadas, aumentando a cobertura e a proteção da população contra a doença. A recomendação, publicada em uma nota técnica no dia 14 de fevereiro, detalha que vacinas com validade de dois meses podem ser aplicadas em pessoas entre 6 e 16 anos, enquanto aquelas com validade de um mês podem atingir o público de 4 a 59 anos.
A ampliação da faixa etária da vacinação depende da disponibilidade das doses e da situação epidemiológica de cada estado e município. A vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) começou em 2024, com foco inicial em jovens entre 10 e 14 anos, especialmente em localidades prioritárias. O número de doses aplicadas, no entanto, tem sido menor do que o esperado, com uma grande preocupação em relação aos adolescentes: muitos deles não completaram o esquema vacinal com a segunda dose.
Além da ampliação da faixa etária, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de uma busca ativa para identificar pessoas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina, principalmente entre os adolescentes. Em 2024, cerca de 6,5 milhões de doses foram enviadas aos estados, mas apenas 3,8 milhões foram aplicadas. Para garantir a eficácia do esquema vacinal, todas as doses administradas devem ser registradas no Sistema Nacional de Dados de Saúde (RNDS). O Brasil foi pioneiro ao incluir a vacina contra a dengue no SUS, tornando-a disponível de forma universal e gratuita.