O ex-ajudante de ordens Mauro Cid revelou, em sua colaboração premiada, que houve tentativas de golpear o processo de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cid afirmou que aliados do governo anterior, incluindo figuras políticas e militares, pressionaram o ex-presidente a aderir a um plano para manter o poder e evitar a posse do novo presidente. Entre os envolvidos estavam figuras de destaque do governo e do setor político, além de militares que buscavam apoio popular para a ação, com a expectativa de contar com o apoio de grupos armados.
De acordo com a delação, o grupo envolvido estava dividido em duas vertentes: uma mais moderada, que buscava encontrar fraudes nas urnas, e outra mais radical, que defendia a execução de um golpe de Estado armado. O ex-ajudante de ordens detalhou o envolvimento de diversas pessoas próximas ao ex-presidente, incluindo membros da família Bolsonaro, que estariam buscando meios de manter o controle político do país à força. O ex-presidente, no entanto, nega as acusações.
A denúncia, que foi fundamentada por investigações da Polícia Federal, aponta para a formação de uma organização criminosa, com planejamento de golpe e ações de destruição de bens públicos. As possíveis punições para os envolvidos variam de penas de 3 a 12 anos de prisão, dependendo dos crimes cometidos. A divulgação das informações gerou novos desdobramentos no processo judicial, que segue em andamento, sem que os acusados sejam considerados culpados até o momento.