A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa, argumentou que a colaboração foi prejudicada pela intervenção do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, e questionou a validade do acordo de delação. Vilardi também comparou o caso atual à Operação Lava Jato, sugerindo que irregularidades similares poderiam invalidar o processo.
Além disso, a defesa de Bolsonaro solicitará que o julgamento do ex-presidente seja realizado no plenário do STF, e não na Primeira Turma, como normalmente ocorre. Vilardi destacou que há uma norma constitucional que exige o julgamento de ex-presidentes no plenário da Corte. A principal linha de defesa será demonstrar que Bolsonaro não participou dos eventos descritos na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A denúncia formal da PGR, apresentada na última terça-feira, acusa Bolsonaro e outros aliados de tentativa de golpe de Estado em 2022, incluindo a formação de uma organização criminosa para impedir a posse do presidente eleito. O STF decidirá em breve se aceita a denúncia e se Bolsonaro e os demais acusados serão formalmente processados.