A defesa do ex-presidente alega que ele não teve influência sobre os atos de violência de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. A Procuradoria-Geral da República, no entanto, apresentou uma denúncia sugerindo que o ex-presidente havia orientado as Forças Armadas a não desmobilizarem os acampamentos de apoiadores e buscava apoio popular para uma possível intervenção militar.
Um dos principais elementos da denúncia é o depoimento de um ex-integrante da equipe de Bolsonaro, que afirmou que o ex-presidente contava com o apoio dos manifestantes para convencer o Exército a apoiar a intervenção. Além disso, foi mencionada uma minuta que sugeria a anulação das eleições, embora Bolsonaro não tenha assinado o documento, alegando a falta de apoio do Congresso Nacional para tal medida.
A defesa de Bolsonaro insiste que não há provas que conectem o ex-presidente diretamente aos atos de violência. Segundo seus advogados, ele teria discutido questões relacionadas ao processo eleitoral com os comandantes das Forças Armadas, mas negam que tenha havido qualquer ação para incitar ou apoiar os atos violentos que ocorreram.