Filipe Martins, ex-assessor do governo Bolsonaro, entrou com ações nos Estados Unidos para investigar possíveis irregularidades no sistema de imigração que teriam levado à sua prisão no Brasil. Em fevereiro de 2024, Martins foi detido pela Polícia Federal na operação Tempus Veritatis, que apurava possíveis tentativas de golpe de Estado. A prisão foi fundamentada na suposição de que ele poderia tentar fugir do Brasil, embora a defesa de Martins aponte erros e fraudes no sistema de registros de imigração, alegando que dados foram manipulados para justificar sua detenção.
A defesa de Martins pediu acesso aos registros completos do seu histórico de imigração, incluindo metadados e logs de entradas e saídas nos Estados Unidos. Esses dados, segundo o advogado, indicam que o ex-assessor nunca viajou para o país nas datas registradas, com um erro no sistema que foi posteriormente corrigido. Além disso, foi protocolada uma queixa formal contra agentes da Polícia Federal, acusando-os de acessos indevidos a sistemas de segurança dos Estados Unidos. A ação busca responsabilizar quem teria inserido informações falsas que levaram à prisão de Martins.
Embora a investigação no Brasil continue, o caso gerou controvérsias políticas e judiciais, envolvendo o questionamento de documentos e a veracidade dos registros de viagem. A retificação dos dados de imigração nos Estados Unidos foi confirmada após a denúncia, e a Justiça brasileira soltou Martins em agosto de 2024. O caso segue em análise, com a defesa argumentando que a prisão foi baseada em falhas no sistema e uma possível perseguição política.