O esforço do ex-presidente Donald Trump para suspender o programa de reassentamento de refugiados nos Estados Unidos foi bloqueado por um juiz federal em Seattle. O juiz Jamal Whitehead, nomeado por Joe Biden em 2023, argumentou que, embora o presidente tenha autoridade sobre quem entra no país, ele não pode anular a legislação aprovada pelo Congresso que estabelece esse programa. A decisão veio após Trump implementar uma série de ordens executivas para restringir a imigração, interrompendo o processo de reassentamento e cortando fundos para organizações que auxiliam refugiados.
A ação judicial foi movida por refugiados cujos processos foram interrompidos, além de grupos de ajuda humanitária, como o International Refugee Assistance Project e o Lutheran Community Services Northwest. As organizações alegaram que tiveram que demitir funcionários devido à suspensão de fundos destinados à assistência e ao processamento de pedidos de refugiados, além de interromper serviços essenciais, como ajuda com aluguel para aqueles que já estavam nos EUA. A defesa do governo, por outro lado, alegou que as alegadas consequências não justificavam a suspensão da ordem do presidente.
O juiz Whitehead destacou que, embora o presidente tenha discrição para suspender as admissões de refugiados, essa autoridade não é ilimitada, pois pode anular a vontade do Congresso ao estabelecer o programa. A decisão foi comemorada por defensores dos refugiados, que esperam a retomada do financiamento e a reabertura dos processos de reassentamento. No entanto, a possibilidade de um recurso judicial pode atrasar os efeitos dessa decisão, com o governo preparando um possível apelo.