O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, reautorizou sanções contra funcionários da Corte Penal Internacional (CPI), um movimento que foi amplamente criticado por refletir uma tentativa de evitar investigações e processos de cidadãos americanos ou aliados, como Israel. A decisão foi vista como uma tentativa de minar a eficácia da CPI, que tem jurisdição sobre crimes internacionais. A medida contrasta com a visão mais ampla do presidente Joe Biden e da maioria do Partido Republicano, que não compartilham da mesma visão restritiva sobre as autoridades da Corte.
Embora a administração Trump tenha adotado uma posição de oposição em relação à CPI, o governo dos EUA historicamente tem aceitado duas das três formas de jurisdição da Corte: a competência para processar cidadãos de Estados membros e a autoridade do Conselho de Segurança da ONU para conceder jurisdição. A crítica central reside no fato de que os EUA, não sendo membros da CPI, buscam garantir que cidadãos de seu país ou de seus aliados jamais sejam alvo de processos no tribunal internacional.
A discussão sobre a jurisdição e as sanções impostas pela administração Trump levanta questões sobre a equidade da justiça global e as limitações de países poderosos em evitar responsabilidades internacionais. A postura do governo americano gerou debates sobre o papel da CPI e sua capacidade de manter a justiça, especialmente em casos envolvendo crimes graves cometidos em contextos internacionais. A situação ressalta as tensões entre soberania nacional e o princípio de responsabilização global.