O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que nunca discutiu ou foi questionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível reforma ministerial. Durante um evento em São Paulo, ele destacou que debates dentro do governo são naturais e que hoje percebe uma maior convergência entre a equipe econômica e os ministros próximos ao presidente do que há dois anos. Apesar das especulações sobre mudanças na composição do governo, Lula tem evitado confirmar alterações e reforçou que qualquer decisão sobre a reforma será tomada por ele no momento que considerar adequado.
Nos bastidores, a substituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, é vista como provável por integrantes do governo. O nome do atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, aparece entre os cotados para assumir a pasta. A possível mudança seria uma resposta à pressão do Centrão, que busca ampliar sua participação na estrutura governamental. Paralelamente, há expectativas de que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assuma a Secretaria-Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo, o que reforçaria a presença do partido na Esplanada e abriria espaço para a reorganização interna da sigla.
Embora ainda não haja uma data oficial para a reforma ministerial, auxiliares do presidente acreditam que as mudanças devem ser anunciadas nas próximas semanas. Lula tem mantido a posição de que qualquer decisão sobre ajustes na equipe ministerial será tomada de acordo com sua própria avaliação e no tempo que julgar mais conveniente. Enquanto isso, as negociações e articulações políticas seguem em andamento, com diferentes setores buscando espaço no governo.