Nesta quarta-feira, a curva de juros no Brasil apresentou um movimento misto, com quedas nas taxas dos DIs de curto prazo e elevações nas taxas de longo prazo. A retração de 0,5% do setor de serviços em dezembro, junto com a inflação mais alta que o esperado nos Estados Unidos, impactaram as taxas. As taxas para janeiro de 2026 caíram ligeiramente, enquanto as de vencimento mais longo, como para janeiro de 2031, subiram, refletindo a pressão externa do mercado de Treasuries e o cenário inflacionário nos EUA.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o setor de serviços teve expansão anual de 2,4%, abaixo das expectativas de crescimento. Apesar do avanço de 3,1% no acumulado de 2024, a retração de dezembro sugere uma desaceleração no fim do ano. Já o mercado de câmbio também influenciou as taxas, com o dólar apresentando leve recuo ante o real, aliviando parcialmente a pressão sobre as taxas futuras no Brasil.
O Banco Central do Brasil, por meio de declarações de seu presidente, afirmou que deve adotar uma postura mais cautelosa em momentos de redução da taxa Selic, ao mesmo tempo em que manterá uma abordagem mais agressiva para aumentos. O mercado, que já precifica uma elevação de 100 pontos-base na reunião de março, ainda vê incertezas em relação à política monetária para o encontro de maio. No exterior, o rendimento dos Treasuries também aumentou devido ao cenário inflacionário, afetando as expectativas para a política monetária global.