O texto narra a história de Ivonete de Abreu Honorato Ramos, uma pessoa que, ao perceber o sofrimento de um cachorro chamado Apolo, um pastor-alemão, agiu com empatia e solidariedade para ajudá-lo. O cão, que estava com um grande abcesso no pescoço, foi levado a um veterinário com a ajuda de colegas de trabalho de Ivonete. Apesar do alto custo do tratamento, que chegou a quase mil e quatrocentos reais, a ajuda foi oferecida em conjunto por diversos envolvidos, destacando o valor da coletividade e da amizade.
A reflexão sobre a compaixão humana se entrelaça com críticas a comportamentos falsos e interesseiros, frequentemente caracterizados pela hipocrisia e falta de autenticidade. O autor utiliza uma comparação entre pessoas que se utilizam de aparências enganosas, como o beijo de Judas Iscariotes, e aqueles que, como Ivonete, demonstram uma bondade genuína e desinteressada. Além disso, é mencionada a história de Esopo, simbolizando a luta contra as injustiças e a falsidade.
Por fim, o texto também aborda o tema do abandono de animais, como exemplificado pelos gatos no Bosque dos Buritis. Enquanto alguns animais, como Apolo, encontram amparo e carinho, outros ficam à mercê da natureza, com o autor refletindo sobre o impacto do abandono e a luta pela sobrevivência entre os animais. A história de Apolo é um contraste entre a sorte de ser adotado por um grupo de pessoas e a dura realidade de muitos outros animais, que continuam a viver sem cuidados.