Jean Ziegler, intelectual suíço de renome, é reconhecido por sua dura crítica à postura de seu país em questões globais. Durante a década de 1960, Ziegler, um jovem político suíço, foi chamado para servir de motorista ao revolucionário Ernesto Che Guevara durante uma conferência da ONU em Genebra. Esse momento foi apenas o início de sua jornada em defesa de causas de esquerda, que ao longo de décadas o tornaram uma figura central no debate político e social da Suíça.
Ao longo de sua carreira, Ziegler se dedicou a expor como a neutralidade da Suíça, em muitos casos, ajudou a perpetuar desigualdades e abusos no cenário global. Ele escreveu cerca de 30 livros, em que critica fortemente as práticas do país em relação a questões econômicas, políticas e sociais, acusando-o de ser conivente com regimes e empresas que prejudicam os mais vulneráveis no mundo.
Seu trabalho e suas denúncias fizeram com que Ziegler fosse considerado um traidor por seus inimigos, mas sua postura irrepreensível diante da injustiça lhe conferiu um lugar de destaque como um dos intelectuais mais influentes e polêmicos da Suíça. Mesmo em sua décima década de vida, ele continua sendo uma figura de grande relevância no cenário internacional.