O escritor Marcelo Rubens Paiva expressou críticas à fala do presidente da Câmara, que questionou a interpretação de que os eventos de 8 de janeiro configuraram uma tentativa de golpe de Estado. Paiva, filho do ex-deputado desaparecido Rubens Paiva, afirmou que a situação evidenciou um desequilíbrio nas declarações do presidente, que, segundo ele, demonstrou uma falta de compreensão sobre a gravidade do episódio. Paiva também apontou que o Brasil ainda está longe de alcançar uma democracia plena.
Durante a posse de Hugo Motta, o novo presidente da Câmara, ele fez menções ao filme “Ainda Estou Aqui”, baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, e afirmou que o Brasil precisa estar em harmonia com os outros poderes. Motta ressaltou a responsabilidade do cargo e citou o exemplo de Ulysses Guimarães, buscando promover uma mensagem de otimismo e coletividade ao assumir a liderança da Câmara. Ele também se referiu à Constituição de 1988, destacando o seu compromisso com a democracia.
As declarações de Hugo Motta geraram preocupação entre alguns membros do governo, especialmente pela sua defesa de uma visão mais amena sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. A fala do presidente da Câmara levantou questionamentos sobre possíveis movimentos de anistia e sobre o alinhamento do novo governo com a visão bolsonarista. As falas de Motta sinalizam um momento de fragilidade política e indicam que o Brasil ainda enfrenta desafios em seu caminho para consolidar a democracia.