Em janeiro de 2025, os Correios registraram um prejuízo de R$ 424 milhões, o maior para o mês de janeiro em toda a sua história. Com receitas de R$ 1,4 bilhão e despesas de R$ 1,9 bilhão, a estatal enfrenta dificuldades financeiras contínuas, agravadas por um histórico de aumento das despesas desde a chegada do atual presidente, Fabiano Silva dos Santos. O ano de 2024 encerrou com um prejuízo de R$ 3,2 bilhões, e as perspectivas para 2025 indicam que a situação pode não melhorar no curto prazo.
A administração dos Correios, no entanto, busca alternativas para reverter esse quadro. A empresa informou que um plano de investimentos de R$ 2 bilhões foi implementado até o final de 2024, com foco em infraestrutura, segurança, renovação da frota e inovação tecnológica. Em 2025, estão previstos projetos voltados à modernização operacional, inclusão social e expansão para novos mercados, como banco digital e serviços de logística para saúde. A estatal também alega que essas iniciativas são fundamentais para garantir sua sustentabilidade financeira.
A pressão sobre a gestão da empresa cresce com o aumento da cobrança por uma investigação formal, incluindo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que já obteve assinaturas suficientes. A CPI tem o objetivo de apurar irregularidades na gestão financeira, problemas operacionais e questões políticas que envolvem a estatal. Além disso, há discussões sobre a revisão da Lei Postal e a criação de novos mecanismos para universalizar os serviços prestados pelos Correios, que enfrentam uma situação de insolvência crescente e desafios estruturais complexos.