No domingo, 9, a saúde pública de Goiânia enfrentou mais uma crise, com a interrupção temporária dos serviços de pediatria no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC). A suspensão ocorreu devido à falta de médicos, após a troca da empresa prestadora de serviços, o que impediu a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) de cobrir a escala de plantão. A crise reflete o atual cenário de dificuldades financeiras na saúde pública da capital, agravado pelos atrasos nos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS).
O atendimento foi restabelecido ainda no mesmo dia, após uma reunião emergencial entre a Fundahc/UFG e a empresa contratada, normalizando os serviços às 19h. De acordo com a Fundahc, os esforços estão voltados para garantir a continuidade do atendimento de excelência para bebês nascidos na unidade e pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e de Cuidados Intermediários (UCIN).
Apesar da normalização temporária, a crise na saúde pública de Goiânia persiste. As maternidades administradas pela Fundahc, responsáveis por 60% dos partos na cidade, continuam enfrentando dificuldades financeiras, agravadas pela redução dos repasses pela Prefeitura desde o ano passado. Embora a gestão atual tenha iniciado o pagamento dos valores atrasados, a falta de recursos ainda compromete a operação de serviços essenciais à população.