Desde a posse do presidente Donald Trump, uma série de decisões judiciais tem questionado partes de sua agenda, com juízes agindo para preservar o Estado de Direito. No entanto, a administração Trump tem reagido, incluindo tentativas de desacatar ordens judiciais. Em meio a isso, o Supremo Tribunal Federal, sob a liderança do chefe de Justiça John Roberts, tem enfatizado a importância da independência judicial, alertando sobre os riscos de desrespeito a decisões legais. Roberts destacou a necessidade de um sistema judicial forte para a estabilidade política e econômica, mas também reconheceu os desafios enfrentados pela Corte no cenário atual.
Apesar das preocupações de Roberts, o relatório de 2024 não abordou a maneira como o próprio Supremo tem contribuído para a atual crise de confiança pública. O texto do chefe de Justiça citou a independência judicial como um valor essencial para a democracia, mas negligenciou críticas sobre a atuação da Corte, que, em algumas decisões recentes, foi vista como partidária. Casos como a revogação de Roe v. Wade e a limitação de regulamentações sobre armas de fogo geraram divisões e levantaram dúvidas sobre a imparcialidade da Corte, além de alimentarem a desconfiança entre os cidadãos.
Por fim, a falta de um código de ética vinculativo para os juízes e a recusa da Corte em se autorregular em questões como conflitos de interesse aumentam a percepção de que o Supremo está perdendo credibilidade. A preservação da confiança pública nas instituições judiciais se torna cada vez mais crucial, conforme o país enfrenta desafios que exigem que a Corte atue de forma justa e imparcial, sem receio de pressões políticas ou partidárias.