A crise financeira dos Correios, agravada por um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024, impulsionou a oposição no Congresso a buscar a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. No Senado, já foram obtidas as 28 assinaturas necessárias para a instalação da CPI, que investigará irregularidades administrativas, impactos nos serviços prestados, interferências políticas e problemas no fundo previdenciário da empresa. Enquanto isso, na Câmara, parlamentares buscam alcançar as 171 assinaturas exigidas para avançar com a investigação.
No Senado, as investigações são impulsionadas por senadores da oposição, que pedem uma análise detalhada da gestão financeira dos Correios e suas implicações. Entre os focos da investigação estão a má administração e as possíveis interferências políticas na empresa pública. A crise também gerou preocupação em relação ao futuro do fundo previdenciário, que enfrenta desafios financeiros. A liderança do advogado Fabiano Silva dos Santos à frente da empresa é alvo de críticas, dada a magnitude do rombo financeiro registrado em 2024.
Além das movimentações nas CPIs, a crise tem gerado pressão sobre a gestão dos Correios, refletindo em atrasos no pagamento de funcionários e agravamento das condições de trabalho. O Sindicato dos Correios em São Paulo tem cobrado medidas urgentes da direção da empresa. No Legislativo, questionamentos sobre a responsabilidade do governo federal, incluindo a omissão na supervisão da estatal, também estão sendo investigados, com deputados pedindo esclarecimentos sobre a administração e as causas do déficit.