As políticas tributárias sobre criptomoedas variam significativamente entre os países, refletindo diferentes abordagens econômicas e estratégias de soberania. Países como Japão e Dinamarca estão entre os maiores taxadores, com alíquotas que podem chegar a 55%, dependendo do valor dos ganhos. O Japão, por exemplo, impõe taxas que variam de 15% a 55% sobre os lucros, enquanto a Dinamarca aplica uma alíquota progressiva de até 52,06%. Outros países como Alemanha e Canadá também possuem faixas de tributação elevadas, enquanto a Finlândia cobra taxas entre 30% e 44%.
Em contraste, há nações onde a tributação sobre criptoativos é inexistente. El Salvador foi pioneiro ao adotar o Bitcoin como moeda de curso legal, e até recentemente manteve uma isenção de impostos sobre criptomoedas. Além disso, países como Brunei, Hong Kong, Cingapura, Malásia e Suíça também não impõem impostos sobre os lucros obtidos com ativos digitais, atraindo investidores que buscam maior flexibilidade fiscal.
No Brasil, a tributação é aplicada a investidores que obtêm lucro com criptomoedas em exchanges locais, desde que o valor total das negociações ultrapasse R$ 35 mil em um mês. A alíquota varia de 15% a 22,5%, conforme os ganhos. Para transações realizadas em corretoras internacionais, aplica-se uma taxa fixa de 15%. A taxação brasileira é comparável à de outros países da América do Sul, como Argentina e Bolívia, enquanto países como Chile e Peru impõem alíquotas mais altas, variando entre 0% a 40%.