A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos apresentou um crescimento abaixo do esperado em janeiro, com a abertura de 143.000 vagas fora do setor agrícola, significativamente inferior aos 307.000 registrados em dezembro. Economistas previam a geração de 170.000 novos postos de trabalho, mas fatores como os incêndios florestais na Califórnia e o clima frio em diversas regiões do país contribuíram para a desaceleração do ritmo de contratação. A taxa de desemprego, por outro lado, permaneceu estável em 4,0%, o que oferece um alívio para o Federal Reserve e pode permitir que o banco central adie a redução das taxas de juros por pelo menos mais alguns meses.
Apesar da moderação na criação de empregos, os dados ainda indicam um mercado de trabalho robusto. A taxa de desemprego de 4,0% se manteve sem grandes variações, mas vale ressaltar que a comparação com o número de dezembro não é direta, pois houve uma atualização nos controles populacionais que afeta as séries de dados a partir de janeiro. A média de ganhos por hora subiu 0,5% em janeiro, após um aumento de 0,3% no mês anterior, refletindo uma tendência de crescimento nos salários.
Essa resistência no mercado de trabalho tem sido um fator essencial para sustentar a expansão econômica do país, permitindo que o Federal Reserve adie a continuidade dos cortes nas taxas de juros. O banco central, após reduzir a taxa de juros em 100 pontos-base desde setembro, optou por manter a faixa entre 4,25% e 4,50% no último mês, à medida que avalia os efeitos das políticas fiscais e comerciais do governo atual. O foco do Fed segue sendo a análise dos impactos desses ajustes nas perspectivas de inflação e crescimento.