O crescimento da população evangélica no Brasil e o posicionamento político dessa comunidade têm se mostrado um desafio crescente para a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Estudo da Mar Asset Management aponta que, até 2026, mais de 35% da população será evangélica, uma elevação em relação aos 32% de 2022. A análise indica que em municípios com maior presença evangélica, o PT e outros partidos de esquerda têm uma representatividade eleitoral inferior, o que pode impactar significativamente os resultados das urnas.
O estudo, que utilizou dados do IBGE e dados sobre a abertura de templos evangélicos, demonstra que quanto maior a densidade de templos por habitante, menor é o número de votos para o PT. Além disso, o estudo mostra que, caso a população evangélica tivesse o tamanho estimado para 2026 nas eleições de 2022, Lula teria perdido uma parte significativa de seus votos, o que poderia alterar o resultado das urnas. Esse crescimento da comunidade evangélica e sua relação com o voto podem modificar o cenário político em 2026.
Outro ponto importante abordado é a popularidade de Lula, que está abaixo dos índices necessários para uma possível reeleição. Com uma avaliação de apenas 24% de ótimo/bom entre os eleitores, bem distante dos 41% que ele precisaria para garantir sua reeleição, o atual presidente enfrenta um cenário de instabilidade política, com uma migração significativa do voto para a direita nos últimos anos. Isso reflete uma mudança no comportamento político dos eleitores, especialmente após o apelo de Jair Bolsonaro aos valores evangélicos.