A culinária romena caseira é mais diversa e regional do que os pratos oferecidos nos restaurantes do país, que seguem um menu mais padronizado. A cozinha doméstica é fortemente influenciada pelas tradições de preservação de alimentos e pelo uso de ingredientes sazonais, com destaque para frutas e vegetais. O hábito de cozinhar com produtos frescos e locais é complementado pelos jejum anuais de 180 dias, um aspecto significativo na cultura alimentar do país. Mesmo ao usar carnes ou peixes, os pratos frequentemente incluem ingredientes como cebolinhas, alho-poró, acelga, espinafre, abobrinhas, berinjelas e tomates.
A culinária da Romênia também mantém laços com o Império Romano, especialmente em seus métodos de preparo e escolha de temperos. Um exemplo disso é o uso do alho-poró, que é símbolo culinário da região da Oltenia, no sul do país, e que remonta à preferência romana. Outro traço da influência romana são os pães assados sob uma tampa de barro chamada testum, uma prática que lembra os antigos métodos usados em Pompeia. O vinagre, também amplamente utilizado na Roma Antiga, ainda é um ingrediente presente nas sopas romenas.
No entanto, as influências romanas na cozinha romena têm uma exceção notável: o alho. Enquanto os romanos evitavam o alho em sua alimentação, ele é amplamente apreciado na Romênia, sendo uma parte fundamental dos sabores locais. A combinação de ingredientes frescos, métodos de preparo tradicionais e influências históricas oferece uma rica tapeçaria culinária que caracteriza a gastronomia romena até os dias de hoje.