Em janeiro, os cortes na geração de energia renovável no Brasil diminuíram para 10,2% do total produzido, uma redução em relação aos 11,5% registrados em dezembro. A diminuição nos cortes foi observada principalmente nas fontes eólica e solar. No caso da energia eólica, os cortes foram de 9,3%, ligeiramente abaixo dos 9,5% de dezembro, enquanto na energia solar o impacto foi de 12%, comparado a 17,8% no mês anterior. No entanto, apesar da melhora, o setor continua enfrentando perdas financeiras devido a interrupções na produção, principalmente por limitações na rede de transmissão e a falta de crescimento no consumo de energia.
A disputa judicial entre os geradores de energia renovável e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também segue, pois os geradores buscam compensações pelas perdas de produção. O Itaú BBA destacou que algumas empresas, como Equatorial, CPFL, Eneva e Alupar, tiveram uma melhora significativa em janeiro, com redução dos impactos financeiros. Por outro lado, empresas como Auren, Engie e Serena foram mais afetadas pelos cortes no último mês.
Além disso, as restrições de geração por indisponibilidade externa aumentaram em janeiro, chegando a 6% da produção total, em comparação com 0% em dezembro. Esse aumento foi causado pela indisponibilidade de um bipolo de transmissão de energia que conecta o Pará ao Rio de Janeiro. Esse tipo de restrição garante o ressarcimento pela energia perdida, e algumas usinas já estão elegíveis para compensações.