O governo dos Estados Unidos anunciou cortes significativos em seu orçamento para a ajuda humanitária e de desenvolvimento, com impactos que podem ser desastrosos para milhões de pessoas ao redor do mundo. A decisão inclui a redução em 92% dos recursos destinados à USAID, a principal agência de desenvolvimento do país. Essa medida gerou críticas de organizações internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, que alertou para os efeitos devastadores dessa política, que vai contra os interesses dos Estados Unidos, segundo ele.
Organizações não governamentais e de ajuda humanitária, como o Comitê Internacional de Resgate e a Ação contra a Fome, expressaram preocupação com a interrupção dos financiamentos, que afetará diretamente programas de apoio a refugiados e populações vulneráveis. O impacto será especialmente grave em países como Sudão, Iémen e Síria, onde milhões de civis dependem dessa ajuda para sobreviver. Além disso, organismos como o Unicef também destacaram o impacto direto nos programas destinados a crianças, como os no Haiti.
Especialistas e ex-funcionários da USAID alertaram para as consequências a longo prazo dessa decisão, que inclui a interrupção de serviços essenciais e a violação de compromissos internacionais. A previsão é de um agravamento das condições de saúde e segurança, com destaque para a luta contra a Aids, onde milhões de vidas podem ser afetadas. O ex-funcionário da USAID, Atul Gawande, enfatizou a necessidade de uma transição suave, sem a qual as consequências podem ser irreversíveis para as populações em risco.