O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro registrou cerca de 560 incêndios em vegetação desde a última segunda-feira (17), em meio a uma onda de calor intensa no estado. A Defesa Civil Estadual alertou a população sobre as altas temperaturas, que contribuíram para a umidade relativa do ar cair abaixo de 40%. A situação foi agravada pela atuação de um sistema de alta pressão, resultando em um calor extremo e condições favoráveis para incêndios florestais. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais indicou alto risco de incêndios nas regiões sul, Baixada Fluminense e Serrana.
Entre 1º de janeiro e 18 de fevereiro, o Corpo de Bombeiros atendeu 2.160 ocorrências, número mais que o dobro de 2024, quando foram registradas 711 situações. No dia 17, a cidade do Rio de Janeiro atingiu uma temperatura de 44ºC, a mais alta dos últimos dez anos, devido à influência de um sistema de alta pressão vindo do oceano. Este clima extremo também gerou um aumento nos atendimentos de saúde e na necessidade de medidas para mitigar o impacto, como a disponibilização de água para animais de estimação nas ruas.
Em resposta ao calor intenso, o governo do Rio autorizou escolas estaduais sem climatização a reduzir em 50% a carga horária presencial. Das 1.234 unidades escolares no estado, pelo menos 200 não têm ar-condicionado. A Secretaria de Educação do estado planeja climatizar 180 unidades nos próximos 90 dias, como parte de uma iniciativa para melhorar as condições durante a onda de calor e proteger a saúde dos estudantes e funcionários.