O Corinthians entrou com uma manifestação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para contestar alegações de fraude no processo de centralização de execuções (RCE) iniciado em novembro de 2024. O clube responde a acusações de que estaria utilizando recursos destinados à Caixa Econômica Federal para pagar salários do elenco, além de manipular contratos de cessão fiduciária para beneficiar-se de forma indevida e prejudicar credores como a Link Assessoria Esportiva, representada por André Cury. A defesa do Corinthians nega as acusações, argumentando que as operações estão em conformidade com acordos firmados e que o processo de centralização visa justamente organizar e pagar suas dívidas de maneira transparente.
No centro das acusações, está a alegação de que o Corinthians teria utilizado valores bloqueados judicialmente, originalmente destinados à Caixa, para cumprir compromissos com seus jogadores. A advogada responsável pela Link, Adriana Cury, sustenta que esse movimento configura uma tentativa de fraude à execução, pois os recursos liberados pela Caixa retornariam ao clube após a execução judicial ser esvaziada. Além disso, ela solicita a quebra de sigilo bancário do Corinthians para verificar a movimentação desses valores e comprovar suas alegações. A situação reflete um cenário de desconfiança entre as partes envolvidas, com acusações mútuas de manipulação de recursos e intenções fraudulentas.
Por outro lado, a defesa do Corinthians rebate as alegações, destacando que o processo de centralização de execuções está sendo conduzido de acordo com a legislação e com boa-fé, e que o clube está comprometido em pagar suas dívidas de forma ordenada. Além disso, enfatizam que a Link não demonstrou disposição para negociar e que as acusações têm como objetivo apenas pressionar o clube, prejudicando os interesses do coletivo de credores. Com uma dívida total de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, o Corinthians segue buscando soluções jurídicas para regularizar suas finanças e atender aos compromissos financeiros assumidos com os credores.