O Corinthians apresentou à Justiça o seu plano de pagamento, com o objetivo de resolver um total de R$ 2,4 bilhões em dívidas acumuladas. O clube detalhou que, em um prazo de dez anos, pretende quitar R$ 367 milhões do montante devido, corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). A meta de pagamento atinge 60% da dívida até o sexto ano. O plano está sujeito à aprovação judicial, e a implementação do regime centralizado de execuções (RCE) vai suspender bloqueios judiciais contra o clube enquanto ele cumpre as condições estipuladas.
O plano de reestruturação financeira inclui a distribuição proporcional das receitas do clube, sendo que 4% das entradas recorrentes serão destinadas ao pagamento de credores de forma igualitária. Além disso, 5% das receitas de vendas e direitos econômicos de jogadores serão direcionadas a leilões reversos, priorizando credores que ofereçam maiores descontos. O projeto também estabelece a criação de grupos prioritários, com um foco especial em credores que, por sua condição, precisam de uma atenção maior, como idosos e pessoas com doenças graves.
Uma das principais características do plano é a diferenciação no tratamento dos credores, com a possibilidade de alguns receberem uma parte maior das receitas, dependendo do seu perfil e das condições específicas acordadas. O pagamento será feito diretamente em contas bancárias ou por meio de procuradores, e o processo de quitação das dívidas será concluído assim que o plano for homologado pela Justiça. O objetivo é proporcionar uma solução definitiva e irreversível para a crise financeira do clube, garantindo que todas as obrigações sejam resolvidas de acordo com os termos acordados.