A Polícia Civil de Santos investiga a coordenadora de um projeto de canoagem havaiana para crianças e adolescentes com deficiência, após denúncias de estelionato. Mães de alunos afirmam que a investigada solicitava dinheiro para a manutenção do projeto, mas não devolvia as quantias ou prestava contas adequadas. Além disso, ela também é acusada de não pagar por produtos adquiridos de algumas dessas mães, como semijoias, e de interromper o contato com as vítimas após serem cobradas. O projeto, que atende crianças e adolescentes com deficiência, funciona no Posto 7 da cidade e já contou com cerca de 120 participantes.
Pelo menos duas mães registraram boletins de ocorrência, relatando empréstimos financeiros não devolvidos e outros pedidos de recursos, como o pagamento de corridas em aplicativos de transporte. Uma das vítimas, por exemplo, calculou um prejuízo de cerca de R$ 7 mil desde setembro de 2023. De acordo com as denúncias, após cobrar os valores devidos, algumas mulheres foram excluídas de grupos de WhatsApp e tiveram os filhos desmatriculados do projeto. Além disso, uma terceira pessoa, que não fazia parte do projeto, também relatou empréstimos não pagos.
A investigada nega as acusações e afirma que os participantes do projeto têm direito a apenas três faltas justificadas, o que explicaria as desmatriculações. A coordenadora, por meio de sua advogada, defende sua inocência, alegando que a iniciativa sempre foi executada com dedicação ao bem-estar das crianças atendidas e que levará as provas do caso à Justiça. A investigação segue em andamento, com diligências sendo realizadas para apurar os fatos, e as mães apresentaram à polícia pen drives contendo conversas de WhatsApp como parte das evidências.