O Conselho Estadual dos Povos Indígenas de Santa Catarina (Cepin/SC), em parceria com a Secretaria da Assistência Social, Mulher e Família (SAS) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), promoveu, no dia 27 de fevereiro, um evento para finalizar a tradução da Cartilha da Lei Maria da Penha para a língua xokleng. O evento aconteceu na Aldeia Plipatol e contou com a presença de várias mulheres indígenas, além de uma roda de conversa mediada pela desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho. O objetivo da ação foi ampliar o acesso das mulheres indígenas à informação sobre a legislação de combate à violência doméstica, com um diferencial importante: a cartilha traduzida na língua de sua etnia.
O projeto de tradução, iniciado em 2022, já havia contemplado as línguas guarani e kaingang, e agora atinge a língua xokleng. A iniciativa visa garantir que as mulheres indígenas conheçam seus direitos, promovendo também o envolvimento dos homens indígenas em discussões sobre o tema. A ação é parte de um esforço mais amplo para capacitar profissionais que atendem vítimas de violência, respeitando as particularidades culturais de cada povo. O evento e a tradução representam um passo importante no fortalecimento dos direitos das mulheres indígenas e na prevenção da violência dentro das comunidades.
Com o sucesso da ação, a proposta é transformar essa iniciativa em um projeto permanente, expandindo a divulgação da Lei Maria da Penha para outras terras indígenas em Santa Catarina. O objetivo é criar uma rede de apoio mais inclusiva e informada, capaz de atuar de forma eficiente no combate à violência doméstica e no fortalecimento da autonomia das mulheres indígenas em todo o estado. A iniciativa destaca a importância de adaptar as políticas públicas para as realidades culturais e linguísticas de diferentes povos.