O Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC) completa 19 anos neste ano, sendo criado em 2006 para substituir a antiga Comissão de Direitos Humanos. Com 47 membros eleitos pelos países da ONU, o conselho tem a função de promover e proteger os direitos humanos globalmente, além de investigar violações e adotar resoluções. Ao longo de sua existência, foram publicadas mais de 1.400 resoluções e realizadas diversas análises de países, incluindo a Revisão Periódica Universal (UPR), que avalia as condições de direitos humanos em todos os membros da ONU.
Recentemente, os Estados Unidos anunciaram sua retirada do Conselho, alegando que o órgão protege violadores de direitos humanos. A decisão foi reforçada por Israel, que seguiu o exemplo dos EUA, criticando o conselho por considerá-lo um meio de ataque político. A saída dos dois países, com destaque para o impacto no financiamento e na representatividade, cria um vácuo de liderança. Isso abre um espaço potencial para outros países, como os da União Europeia e do Sul Global, assumirem uma maior responsabilidade na defesa dos direitos humanos.
A saída de membros influentes como os Estados Unidos, que historicamente ajudaram a fundar a ONU, gera preocupações sobre a eficácia e o futuro das organizações internacionais. Especialistas consideram que, apesar das perdas, isso pode representar uma oportunidade para nações que prezam os valores da defesa dos direitos humanos assumirem um papel de liderança. A situação atual reforça a necessidade de um compromisso renovado com os princípios que fundamentam a ONU, a fim de manter a estabilidade e a proteção dos direitos humanos em um cenário global em constante transformação.