Os saberes das comunidades tradicionais da Amazônia têm ganhado crescente reconhecimento nas pesquisas científicas, especialmente nas áreas farmacêutica e médica. O pau-rosa (Aniba rosaeodora), uma planta nativa da região amazônica, tem sido estudado por universidades como a UFAM e a UEPA, que investigam suas propriedades terapêuticas. Os estudos iniciais indicam que as folhas dessa planta possuem compostos com potencial anti-inflamatório, e seu óleo essencial, rico em linalol, apresenta propriedades que podem ser benéficas para a saúde, como atividades analgésicas, bactericidas e antifúngicas.
Pesquisas clínicas preliminares demonstraram que o óleo de pau-rosa pode superar outros tratamentos utilizados na saúde pública, como o óleo de girassol, no tratamento de inflamações e cicatrização de feridas. A ciência está validando o uso medicinal do pau-rosa, seguindo os relatos etnofarmacológicos de comunidades amazônicas que já o utilizam para fins terapêuticos. A intenção das pesquisas é transformar esse conhecimento tradicional em medicamentos acessíveis, fomentando uma cadeia produtiva local que beneficie as comunidades da Amazônia.
A pesquisa do pau-rosa também destaca o potencial da planta para impulsionar a sustentabilidade na região. A extração do óleo essencial das folhas pode contribuir significativamente para a economia local, além de fortalecer o desenvolvimento regional. A continuidade dos estudos visa a viabilização de testes clínicos em humanos, com apoio de parcerias internacionais, e espera-se que esses avanços tragam benefícios para a saúde pública, proporcionando um uso mais amplo dos recursos naturais da Amazônia em novos medicamentos e tratamentos.