O Congresso Nacional iniciou suas atividades de 2025 com a tradicional cerimônia de abertura, presidida por Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e com a presença de outras autoridades, como o presidente da Câmara, Hugo Motta. O evento ocorreu em meio a um cenário de negociações entre o governo e o Centrão, com foco na ampliação do espaço do grupo na Esplanada dos Ministérios e a expectativa de uma reforma ministerial no primeiro semestre. O governo busca reestruturar sua base de apoio, principalmente na Câmara, com o PSD sendo cogitado para assumir ministérios de maior relevância.
O Orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado no final do ano passado, ainda está em fase de definição, sendo um dos principais temas que marcaram o início do ano legislativo. Além disso, a gestão de emendas também está em pauta, com o STF cobrando maior transparência na alocação dos recursos, o que pode gerar um novo cenário para a distribuição das verbas parlamentares. A relação entre o Executivo e o Legislativo, embora com desafios, foi destacada como promissora pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que garantiu boa interlocução com os presidentes da Câmara e do Senado.
O evento de abertura contou com a participação de ministros do governo federal, como os de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, além do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A cerimônia foi marcada por 21 tiros de canhão, um ato simbólico de honra aos chefes dos Três Poderes, e teve a leitura da mensagem presidencial feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que destacou as prioridades do governo para o próximo ano. O início do ano legislativo, portanto, se dá com importantes desafios políticos e uma agenda repleta de negociações entre os diferentes poderes.