No início do ano legislativo, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respectivamente, enfatizaram a importância de uma relação harmoniosa entre os poderes. Ambos destacaram a necessidade de pacificação e respeito aos limites constitucionais, em uma tentativa de reduzir tensões políticas. O Congresso busca um diálogo construtivo com o Executivo, após um período de confronto, ao mesmo tempo em que reforça o compromisso com a separação das funções dos Poderes.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também se pronunciou sobre a independência do Judiciário, respondendo a críticas indiretas vindas do Congresso. Em sua fala, Barroso defendeu a imunidade do STF às pressões políticas e destacou a relevância de agentes públicos não eleitos no fortalecimento das democracias. A reafirmação da autonomia do STF ocorre em um contexto de crescente polarização política no país.
Nos próximos meses, a Corte tem pautado importantes questões, como a revista íntima em presídios, casos de violência policial e abuso de autoridade. Esses temas devem ser analisados no mês de fevereiro, em sessões que prometem continuar a moldar a agenda judicial e política do Brasil. A postura do STF de manter-se alheio às divisões partidárias reflete um esforço contínuo para preservar a estabilidade e a confiança nas instituições democráticas.