Na quarta-feira (12), confrontos entre policiais e criminosos causaram pânico em diversas regiões do Rio de Janeiro, especialmente nas principais vias expressas da cidade, como a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, realizou uma operação no Complexo de Israel, após receber informações de que um traficante procurado estaria escondido na área. Durante os confrontos, criminosos dispararam contra ônibus, causando feridos, enquanto outros bloquearam ruas e incendiavam veículos e instalações públicas. A violência resultou no fechamento de importantes avenidas e interrupção do transporte público, incluindo trens e ônibus.
Em meio aos tiroteios, uma das cenas mais dramáticas foi a de um helicóptero da polícia sendo atingido, forçando um pouso forçado, mas sem feridos entre os policiais. Passageiros de ônibus, que estavam no meio do fogo cruzado, relataram momentos de desespero enquanto se abaixavam para se proteger dos disparos. Dois passageiros ficaram feridos por estilhaços de vidro e foram encaminhados a hospitais. As autoridades destacaram que as ruas foram fechadas para proteger a população de novos ataques, e não diretamente pelo confronto, em uma tentativa de evitar um aumento no número de vítimas.
As operações de segurança pública, como a que aconteceu no Complexo de Israel, têm sido cada vez mais frequentes na cidade, enquanto o domínio de territórios por facções criminosas continua a gerar tensão nas comunidades. Jornalistas e especialistas apontam que a falha em programas anteriores de pacificação e a politização das ações de segurança contribuíram para o agravamento da situação. A população, constantemente exposta à violência, vive com o medo de novos episódios, como o enfrentado por cidadãos como Flávia, que, após escapar do tiroteio, só desejava voltar para sua casa e estar com sua família.