Em dezembro de 2020, Karla Raphaela Pereira dos Santos, uma mulher transexual de 38 anos, desapareceu em Ponta Grossa, Paraná, após uma discussão sobre pagamento em um programa de serviços sexuais. A vítima estava acompanhada de uma amiga, que relatou à polícia que, após a briga, ela deixou o local, enquanto Karla permaneceu na casa e não foi mais vista. A investigação revelou que o réu utilizou o celular de Karla para enviar mensagens em seu nome, tentando confundir a amiga sobre o que havia ocorrido.
Em fevereiro de 2024, Allison Alves, um dos acusados, foi inicialmente condenado a 23 anos de prisão, mas sua defesa conseguiu a nulidade dessa sentença, o que resultou em um novo julgamento. Durante o segundo julgamento, Allison foi condenado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsa identidade e furto. Ele receberá uma pena de 21 anos e 7 meses em regime fechado, além de 4 meses em regime semiaberto.
Apesar das condenações, o corpo de Karla nunca foi encontrado, o que causou sofrimento e angústia aos seus familiares. O crime de ocultação de cadáver, descrito na sentença, dificultou a despedida da vítima por seus entes queridos, tornando ainda mais grave o impacto emocional do caso. O julgamento também resultou na condenação de José Vilmar Paes Júnior, amigo de Allison, a 6 anos de prisão por homicídio simples.